A Federação Segipana e a defesa de seu interesse: de quem?

Caros Enxadristas,

Reproduzo aqui, em solidariedade do grande enxadrista e árbitro sergipano Vidal que, apesar de não ser Árbitro CBX ou FESEX, foi o único a ser, de fato e de direito, aprovado para Árbitro Regional pelo honorável e Árbitro Chefe do Mundial de 2007, no curso de Arbitragem promovido pela Chess Events, em Salvador/Bahia. A proposta dessa reprodução é o de refletirmos acerca dos problemas que afligem o xadrez sergipano e o de reagir a eles, para que não sejamos compelidos a um comportamento como do livro "Ensaio sobre a cegueira", de José Saramago cujo enredo mostra a profunda humanidade dos que são obrigados a confiar uns nos outros quando os seus sentidos físicos os deixam e, mais do que olhar, importa reparar no outro, pois só dessa forma o homem se humaniza novamente.


Prezado Ney Lúcio:
Como o Sr. sabe não gosto de ser uma pessoa inoportuna, mas as pessoas têm o direito e o dever de lutar pelo que de direito é seu.

Partindo dessa premissa estou cobrando novamente os meus R$ 100,00. Confesso que fiquei perplexo com sua declaração que o dinheiro não está para sair e ainda me convidastes para juntos irmos a Secretaria de Esportes com fim de cobrar o que o Sr. não recebeu. Ora, eu não tenho nenhum vínculo com a FESEX apesar de humildemente ter colaborado com a elaboração do atual estatuto e, portanto, não há sentido de eu cobrar tal instituição, até porque não fui convidado pelo Sr. quando fostes a tal instituição pedir patrocínio, e nem sei de que valor estamos falando! Será que são apenas R$ 100,00?

Note que eu sou apenas um prestador de serviço, e como tal honrei com minha presença fazendo meu trabalho do melhor modo possível, e resta neste momento o Sr. honrar a sua me pagando. Neste Norte-Nordeste escolar, paguei só de ônibus R$ 10,50; pois foram três dias, onde na sexta-feira peguei inúmeras mesas desarmadas, suas respectivas cadeiras, inumera-las e arrumar os jogos e tabuleiros. No sábado, para honrar meu compromisso com o Sr. deixei de dar aulas de química e matemática e ainda paguei meu almoço no SESC que foi de R$ 8,90; e mais o domingo onde cheguei em casa depois das 14 h. Não estou cobrando minhas despesas que somando com a aula particular daria algo em torno de R$ 50,00; só estou cobrando o que me foi prometido e depois de mais de quatro meses não foi cumprido infelizmente.

Sinceramente, não creio que a FESEX não possa honrar seu compromisso, pois uma instituição que recebe recursos públicos e privados para realizar seus torneios, que possui sua própria renda na promoção de seus eventos, uma federação que se habilita a realizar um Norte-Nordeste de xadrez, que traz pelo período de uma semana um GM, onde o Sr. mesmo me disse quando nos encontramos na av. Francisco Porto que o cachê dele seria de R$ 1.000,00/dia fora todas as despesas, e esta federação é ainda felizarda por poder contar com o entusiasta enxadrista Sr. Carlos Alberto Viana que pelo amor incondicional ao xadrez cede seu apartamento e colabora financeiramente com o enxadrismo sergipano! Será que apesar de tudo isto a FESEX não pode honrar uma pequena dívida? O que me leva a pensar (e fico até assustado), será que a FESEX está falindo? Se for este o caso a comunidade enxadrística tem que se mobilizar para salvar esta entidade que é tão importante para o enxadrismo, eu desde já me prontifico a abrir mãos dos meus cem reais desde que o Sr. mostre a receita desta entidade devidamente documentada, pois infelizmente os enxadristas sergipanos não sabem nada a respeito dos conteúdos provenientes da tesouraria desta instituição. Os homens passam mas a instituição fica, e hoje o Sr. ocupa um lugar de destaque é porque vários enxadristas se mobilizaram para que hoje a FESEX seja uma realidade. Mas sinceramente não creio que a FESEX esteja na "UTI", e acho que um pouco de boa vontade sua receberei meu dinheiro que não é muito, mas foi conquistado com o meu trabalho e o mereço, já imaginou o Sr. dizendo ao GMI Darcy Lima: "-Mestre não há dinheiro, vamos comigo amanhã cobrar ...", creio que ele não gostaria.
Atenciosamente,
Vidal Silva Jr.



Caro amigo Vidal!

O Senhor Não é arbitro Cbx muito menos FESEX, e mesmo quando não tinha curso de arbitragem nenhum eu sempre me prontifiquei a pagar-lhe mais do que aos outros árbitros, isso é uma forma de reconhecer o seu valor, como profissional.

1 – Quanto suas despesas pessoais se o Senhor Aceitou o trabalho é porque achou que a quantia valia a pena;

2 – O sr fala que ajudou a elaborar o estatuto, mas acho que esqueceu de ler, pois a fesex não é uma instituição publica como você mesmo fala.

3 – Sobre a prestação de contas vamos começar pelo período 2001 a 2003 onde o Sr. Foi vice-presidente fesex. Ao que me consta alem de não prestar contas realizaram apenas o absoluto de 2001, e este modéstia a parti com patrocino de um amigo particular meu, mas não quero muito, preste contas apenas do dinheiro que ele investiu neste evento.

4- Sobre minha prestação, acabo de pagar R$ 4.000 reais a receita federal e a procuradoria geral da fazenda para quitar dividas dos gestores anteriores, e isso foi muito difícil, custou muito trabalho durante estes anos já que vocês só me deixaram dividas e um livro ata para começar.

5- Como o sr sabe quando realizamos eventos do dinheiro publico é um contrato de risco, e como eu não recebi não posso lhe pagar, mas estou lutando para receber este dinheiro, pois os outros árbitros também tem interesse na quantia a eles devida, olhando estas quantias irrisórias que o Senhor Adicionou ao seu pedido gostaria de lembrar-lhe que não apenas fazia questão de lhe pagar mais que os outros árbitros como nunca descontei os impostos da sua arbitragem, pois se o sr não sabe quando se realiza eventos para o estado pagasse 16% de imposto, mas esse ônus ficava com a fesex para que Sr. recebesse o valor integral pelo seu trabalho.


Prezado Ney:

Vamos por parte.


1. Só nos jogos da primavera de 2006 recebi mais que os outros por proposta sua em virtude de eu trabalhar na
arbitragem infantil desde 1993! O Marcelo está aí para confirmar, depois disso recebi sempre como os demais companheiros, inclusive até em dois torneios trabalhei de graça (Jepinho do ano passado e um torneio no mercado também em 2007), os quais trabalhei por livre vontade atendendo a um pedido seu, pois a FESEX não ganharia nada, como o Sr. mesmo afirmou.

2. Quanto às minhas despesas, trabalhei pensando que seria pago como as outras vezes, cada aluno daquele evento pagou em média R$ 25,00, quatro desses valores seriam suficientes; e quanto ao patrocínio não é de minha responsabilidade, ou será que a FESEX não tem um caixa para pagar pequenas quantias? Não estou cobrando minhas despesas, só quero salientar que tive despesas.

3. Quanto à leitura do estatuto da fesex, li pessoalmente, como li nos nossos encontros onde o Sr., Fábio, Rivair e Morais compareciam, sou humano e lapsos podem ocorrer, na vida nem tudo é oito ou oitenta! E quanto a considerar a FESEX pública é um erro recorrente que sempre acontece comigo, mas vou tentar não esquecer mais; mas como é uma entidade que é para o público em geral acabo me confundindo, portanto desculpe o lapso.

4. Quando fui vice-presidente da FESEX, deixei bem claro que apenas aceitaria por não haver outras pessoas interessadas, pois na época estava muito ocupado na UFS e outras atividades pessoais, e, portanto, não poderia me dedicar a esta instituição; o que foi aceito por unanimidade por todos os presentes, inclusive o Sr. (essa reunião inclusive foi realizada na antiga sala de xadrez do Marcelo). Aliás, o Sr. também fazia parte da diretoria da FESEX quando esta estava endividada e ainda não podia andar por "pernas próprias", pois ainda não tinha contratos com o governo nem instituições privadas. Essas dívidas vêm desde 1.991. Também é devido esclarecer que não ganhei um único centavo nem criei dívida alguma.

5. "... vocês me deixaram dívidas", alto lá!
Quanto aos R$ 4.000,00 vamos ver desde que ponto
começa esse montante! E o Sr. como já disse fazia parte dessa diretoria.

E quando o Fábio saiu, ficou a prestação de contas que o Sr. não refutou (o que havia afinal a refutar!?), muito pelo contrário aceitou sem nenhuma crítica, e ambos assumindo presidência e vice-presidência, somente depois da saída dele o Sr. fala sem mostrar provas. E este valor de quatro mil reais da receita me parece estranho, pois esta dívida foi parcelada com a receita (R$ 50,00) cada parcela, e o montante ficava muito longe de R$ 4.000,00, e se não me falha a memória quem primeiro falou sobre esse valor de parcelas foi o "Gambito" lá no Arqui, a não ser que esse valor de R$ 4.000,00 foi criado na sua gestão.

Mas, o mais importante é que a FESEX não mostra seus conteúdos financeiros, e o que o Sr. faz de positivo e negativo os enxadristas sergipanos não sabem! Uma pessoa até podia dizer: "a FESEX teve um gasto de quatro mil, mas faturou dez mil...", como o Sr. poderia refutar? Não se vê nada no site da fesex a esse respeito.

6. Quanto aos impostos, eu sempre soube que existem, já prestei serviços para o SESC onde era descontado, e ultimamente o Sr. sempre lembrava os árbitros a esse respeito. Por minha parte nunca soube quanto o Sr. ganhava nos contratos desses eventos (é uma verdadeira escuridão quando se trata de valores), e o Sr. dizia que pagaria tanto "x" reaispara arbitragem, ora, neste caso se supõe que o Sr. já ganhou "x" e pagando os impostos está bom para ambas as partes, FESEX e arbitragem; diferente procedimento seria assim: " A FESEX vai ganhar tanto "x" reais, para a arbitragem é tanto deste percentual, e aí sim o Sr. cobraria os 16%, até porque do contrário seria taxa sobre taxa, isso se pode constatar em qualquer livro de matemática financeira elementar. E para finalizar sobre esse assunto, eu não era o único "privilegiado", pois de ninguém da arbitragem era descontado, do jeito que o Sr. colocou dá a entender que eu era o único; e não se pode falar em ônus quando valores não são declarados, quanto a FESEX ganhou e gastou não se sabe.

7. Eu sou sócio do CXEB desde 1.991 e todo ano este respeitável clube que existe desde 1.969 sempre mostra anualmente seu balanço financeiro, uma transparência que agrada a todos os sócios.

8. Mas fico feliz em saber que o dinheiro vai sair, pois pelo celular o Sr. foi bem pessimista a este respeito.

9. Não fique aborrecido com críticas, como no xadrez se aprende mais com os erros que com os acertos! Quando não se é transparente todo tipo de dúvidas acontecem!

10. E não seja tão severo com o passado, onde o Sr. só vê trevas, se não fosse o saudoso Sr. Cleon Pinto, que tinha certa influência política, a FESEX hoje não podia existir.
Atenciosamente,
Vidal Silva Jr.


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